O petrolão financiou a reeleição da Dilma.
Delcídio também disse a revista veja que o ex-presidente tentou interferir logo nos primeiros passos da Lava Jato. "Na primeira vez que o Lula me procurou, eu nem era líder do governo. Foi logo depois da prisão do Paulo Roberto Costa [ex-diretor da Petrobras]. Ele estava muito preocupado. Sabia do tamanho do Paulo Roberto na operação, da profusão de negócios fechados por ele e o amplo leque de partidos e políticos que ele atendia. O Lula me disse assim: 'é bom a gente acompanhar isso aí. Tem muita gente pendurada lá, inclusive do PT'. Na época, ninguém imaginava aonde isso ia chegar", disse Delcídio.O senador diz, ainda, que a presidente teria começado a trabalhar ao lado de Lula para frear a Lava Jato no ano passado. O repórter pergunta: O que fez a presidente mudar de postura?
Delcídio responde: "O cerco da Lava Jato ao Palácio do Planalto. O petrolão financiou a reeleição da Dilma. O ministro Edinho Silva, tesoureiro da campanha em 2014, adotou o achaque como estratégia de arrecadação. Procurava os empresários sempre com o mesmo discurso: 'Você está com a gente ou não está? Você quer ou não quer manter seus contratos?'. A extorsão foi mais ostensiva no segundo turno. O Edinho pressionou Ricardo pessoa, da UTC, José Antunes, da Engevix, e Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez. Acho que Lula e Dilma começaram a ajustar os ponteiros em meados do ano passado. Foi quando surgiu a ideia de nomeá-lo ministro", informou.
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